Sejamos francos, não é com soluções paliativas que podemos resolver esta imensidão de causas que originam a escassez de habitação. É de extrema importância que o foco estivesse em soluções estruturais que permitissem a mudança destas causas, tais como:
Aumento do Investimento em Habitação Social:
Aumento da oferta é o único mecanismo em sociedades não ditatoriais, que permite diminuir os preços. O governo central e autárquico, ao investir em programas de habitação social cria este choque de oferta. Isso ajudaria e bastante a colocar mais opções no mercado.
Incentivos Fiscais:
Os impostos em Portugal são o principal entrave ao desenvolvimento económico. E a construção civil não é inócua a este fenómeno. Oferecer incentivos fiscais sérios e reias, para promover a construção de habitações acessíveis ou para proprietários que disponibilizem os seus imóveis a preços acessíveis para arrendamento, seria um fator de motivação e alavancagem.
Parcerias Público-Privadas:
Particularmente as Autarquias, não têm os recursos, nem os meios necessários para, de forma autónoma, resolverem todos estes problemas nos seus conselhos. Contudo, as Autarquias podem abrir verdadeiras “Vias Verde” à burocracia, oferecer incentivos ou garantias financeiras ou disponibilizar terrenos para a construção habitacional, em parcerias de valor acrescentado.
Desenvolvimento Urbano Comunitário e de Alojamento Temporário:
Incentivar a formação de cooperativas habitacionais sustentáveis, incluindo a criação de acessos a transportes públicos, serviços de saúde e educação. Bem como, programas de alojamento temporário, alojamento estudantil, entre outras soluções de habitação.
Políticas de Acesso e Financiamento à Propriedade:
Criação de programas de apoio à compra de habitações fora dos grandes centros urbanos, com a disponibilidade de garantias e empréstimos de baixo custo, financiamento de entradas para famílias que desejem se deslocar para essas regiões.
Incentivo à inovação na construção da habitação:
Cabe aqui também às Autarquias um papel importante. Não no incentivo à inovação. Essa é da responsabilidade da sociedade civil, ao empreendedorismo, às empresas. Mas essencialmente não serem um obstáculo a esta mesma inovação. Seria uma forma de incentivar o desenvolvimento de tecnologias de construção inovadoras e sustentáveis pode impulsionar a criação de soluções mais acessíveis para a habitação.
Combater a falta de habitação envolve uma abordagem multifacetada que inclui políticas governamentais, planeamento urbano, investimentos em infraestrutura e inovações tecnológicas na construção das habitações,
Na EcotainerFactory fazemos o que está na nossa esfera de responsabilidade social e empresarial. Apresentamos no mercado soluções e opções tecnológicas, materiais e tipos de construção, que permitem contribuir para a resolução deste problema.
Construção modular:
A construção das nossas Unidades Modulares de Alojamento e Habitação envolve a sua fabricação em ambiente fabril e a sua montagem no local. Isto permite ser mais rápido e económico, comparando com a construção tradicional. Além disso, permite igualmente uma maior flexibilidade na criação de habitações personalizadas e de baixo custo.
Utilização de Contentores Marítimos Estruturas de Aço:
A utilização no nosso processo de fabrico de casas e alojamentos modulares com as estruturas de aço dos contentores marítimos, são mais duráveis e mais rápidas de instalar comparando com qualquer outra opção construtiva. Isto significa substancialmente a redução do tempo de construção.
Automatização e Robótica:
Este é o aspeto que mais nos distingue em termos de inovação e tecnologia. A implementação de processos de robotização e equipamentos para automatização de etapas na construção/fabrico das habitações, acelerando tarefas com elevado consumo de tempo e mão-de-obra… bastante escassa, diga-se de passagem.
Paulo Arrojado – EcotainerFactory Founder & CEO